domingo, 28 de novembro de 2010

Amor X Capitalismo

O que temos visto por ai nos últimos anos?
Homens e mulheres amargurados com as frustrações de um relacionamento mau fundado.
Ambos os lados preocupados com a estabilidade financeira, a carreira profissional, a pressão do dia-a-dia.
Homens e mulheres estudam e trabalham a vida inteira, alcançam o sucesso profissional, mas continuam sozinhas.
Muitos vão se refugiar em uma paixão, ou fora de casa, usar os serviços de garotas de programa, e dançarinos para festas particulares, pura diversão e sexo. Somos mais acostumados em nos apaixonar do que em amar. Paixão sempre tá em alta, aquele lado mais físico material, já o amor não. O amor tem esfriado no prato de muita gente e tem faltado na mesa da maioria.
O medo de amar e arriscar nossas fichas num amor verdadeiro, é visível a grande parte das pessoas. Preferimos arriscar numa paixão, sofremos, mas temos medo de nos entregar a um amor verdadeiro. Os relacionamentos tem se resumido a grandes frustrações, traições, tragédias e a compulsividade das pessoas, e o amor tem sido sinônimo de fraqueza, de apatia e de moleza, um negócio na maioria das vezes não muito lucrativo, e que no final, todas as partes poderão sair machucadas.
Mas o que realmente vem ao caso é que estamos carentes de amor. Estamos sentindo falta do jantar em família, de andar de mãos dadas, estamos com carência de carinho, de confiança, coisas simples que nós perdemos nesse processo de crescimento e desenvolvimento da humanidade.
Estamos naquela fase que diz que podemos fazer tudo desde que não seja afetada nossa vida profissional e material.
Nos tornamos máquinas desesperadas por não saber como voltar a sentir amor. A internet tem sido uma forma de busca pela ilusão da paixão, o amor platônico. As pessoas tem se artificializado cada vez mais, tanto fisicamente quanto emocionalmente transparecendo ser aquilo que não é, e cada vez mais sozinhos.
Pareço até um desiludido ou um mal amado. (De fato é verdade). Mas as vezes é preciso falar e ouvir verdades que teimamos em ocultar, ter a coragem para se expor nesses tipos de assuntos mais complexos.
Precisamos voltar a sentir amor, felicidade e alegria, sentimentos e emoções que nos deixam parecer ridículos, abobalhados diante de outras pessoas.
E dai? Se é pra ser feliz com amor, que seja ridículo, abobalhado, e não um frustrado amoroso. Pague mico, grite o que sente pra todo mundo, demonstre amor, sinta amor. Você vai ver que o tempo passa rápido e o tempo que perdemos dificilmente volta.
Pra ser adulto precisa ser ranzinza e fechado?
Dá pra ser um homem ou uma mulher de negócios, e tocar um instrumento musical, tomar sorvete se melando todo, tomar leite e deixar o bigodinho no rosto, se sujar comendo pipoca, rir de si mesmo... E principalmente amar.
Ninguém nasceu para viver só e não dá para ficarmos achando que a vida se resume a trabalho e estudo, que temos que passar o dia todo envolvidos em trabalho, em negócios, em estudos.
O amor é o sentimento mais antigo do mundo com 3.000 milhões de anos, e com essa informação me surge uma dúvida. Será que o amor de hoje é o mesmo de 3.000 milhões de anos atrás?
Não tenha medo de arriscar, não se importe com o as outras pessoas, o que elas vão dizer. O importante é ser feliz enquanto existe tempo sobrando.

Antes se parecer com um idiota na frente de outras pessoas e ser feliz do que ser um eterno infeliz pra si mesmo.

É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã. (Renato Russo).

Até a próxima.

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